O escândalo da Petrobras | Breve visão geral de um grande escândalo de corrupção

O escândalo da Petrobras | Breve visão geral de um grande escândalo de corrupção

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O Escândalo da Petrobras

O escândalo da Petrobras foi um grande escândalo de corrupção que abalou o Brasil de 2014 a 2018. Envolveu a acusação de dezenas de empresários de alto escalão e políticos por seus papéis em um esquema generalizado de propinas na Petrobras, a empresa estatal de petróleo do Brasil.

O escândalo começou em 2014 com uma investigação federal chamada “Operação Lava Jato” que descobriu uma conspiração criminosa semelhante a um cartel operando dentro da Petrobras desde 2003. Empresas de construção brasileiras proeminentes pagaram bilhões em propinas a funcionários da Petrobras em troca de contratos inflacionados com a empresa.

As propinas eram então canalizadas para políticos, especialmente membros do Partido dos Trabalhadores (PT) dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Figuras-Chave Implicadas

  • Lula da Silva: Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados ao escândalo, embora tenha negado qualquer irregularidade. Sua condenação foi confirmada em recurso, tornando-o inelegível para concorrer à presidência em 2018.
  • Dilma Rousseff: Presidia o conselho da Petrobras quando grande parte da corrupção ocorreu. Ela foi afastada do cargo em 2016 em uma questão não relacionada ao escândalo, em meio às consequências do escândalo.
  • Michel Temer: Sucedeu Rousseff como presidente, mas também foi implicado e quase enfrentou impeachment por gravações secretas que pareciam mostrar seu envolvimento.

Consequências

O valor de mercado da Petrobras foi reduzido pela metade, e a empresa enfrentou US$ 100 bilhões em dívidas. O escândalo desencadeou uma crise política, levando ao impeachment de Rousseff e à condenação de Lula, transformando o cenário político do Brasil.

Ele expôs a corrupção sistêmica nos mais altos níveis de negócios e governo no Brasil.

Petrobras | Petróleo Brasileiro S.A.

A Petrobras, oficialmente conhecida como Petróleo Brasileiro S.A., é uma corporação multinacional estatal brasileira que opera na indústria petrolífera. Aqui estão os principais detalhes sobre a empresa:

A Petrobras é uma das maiores produtoras de petróleo e gás do mundo, principalmente envolvida em atividades de exploração, produção, refino, comercialização e distribuição.

Sua sede fica no Rio de Janeiro, Brasil, e foi fundada em 1953 durante o governo do presidente Getúlio Vargas. O governo brasileiro possui uma participação de 28,67% na Petrobras, tornando-a uma empresa semipública.

A Petrobras tem operações significativas em 16 países da África, América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia. No entanto, o Brasil responde por 92% de sua produção mundial e 97% de suas reservas provadas até 2014.

Suas principais áreas de produção no Brasil incluem a Bacia de Campos offshore e o campo petrolífero de pré-sal Tupi na Bacia de Santos. Em 2015, a Petrobras produziu cerca de 2,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia, com 89% de petróleo e 11% de gás natural.

Em 2022, a Petrobras relatou uma receita de US$ 124,47 bilhões e um lucro líquido de US$ 36,62 bilhões. Está classificada em #71 na lista Fortune Global 500 e em #58 na lista Forbes Global 2000 das maiores empresas públicas do mundo.

A Petrobras é uma empresa de energia integrada verticalmente, com operações que abrangem exploração, produção, refino, comercialização e distribuição de petróleo, gás natural e fontes de energia renovável.

A Petrobras é um grande player na indústria global de energia e um componente crucial da economia do Brasil, contribuindo significativamente para a produção e exportação de petróleo e gás do país.

Petrobras e o Brasil

A Petrobras desempenha um papel crucial na busca do Brasil pela independência energética por meio das seguintes contribuições-chave:

  1. Produção Doméstica de Petróleo e Gás

A Petrobras é a maior produtora de petróleo e gás do Brasil, respondendo por 88% da produção total do país em 2022. Suas operações estão fortemente concentradas no desenvolvimento das vastas reservas de petróleo do pré-sal offshore do Brasil, que têm uma das menores emissões de carbono por barril globalmente. A Petrobras tem como objetivo aumentar significativamente a produção doméstica de petróleo e gás até 2027, com planos de implantar 18 novas unidades de produção offshore.

  1. Expansão da Capacidade de Refino

A Petrobras possui 10 das 17 refinarias do Brasil, compreendendo o maior complexo de refino da América Latina. Ela planeja investir mais de US$ 9,2 bilhões para expandir as capacidades de biorefinaria, melhorar a eficiência e reduzir as emissões em suas refinarias. Isso ajudará a reduzir a dependência do Brasil de produtos petrolíferos refinados importados.

  1. Infraestrutura de Gás Natural

A Petrobras opera 3 dos 5 terminais de regaseificação de GNL em operação no Brasil, com mais planejados. Ela está desenvolvendo infraestrutura de transporte e processamento de gás natural para utilizar as reservas de gás do Brasil.

  1. Investimentos em Energias Renováveis

Embora ainda focada em petróleo e gás, a Petrobras está alocando mais de US$ 4 bilhões para fontes de energia de baixo carbono, como biocombustíveis e diesel renovável, de 2023 a 2027.

Ao aumentar as capacidades de produção doméstica de petróleo, gás e energias renováveis, além de expandir o refino e a infraestrutura, a Petrobras é um importante facilitador da estratégia do Brasil para alcançar uma maior auto-suficiência energética e reduzir a dependência de importações.

O Escândalo da Petrobras

O escândalo da Petrobras foi um esquema massivo de corrupção que abalou a empresa estatal de petróleo Petrobras e o establishment político do país de 2014 a 2018.

O escândalo da Petrobras envolveu um esquema semelhante a um cartel, no qual as principais empresas de construção do Brasil pagaram bilhões em propinas a funcionários da Petrobras em troca de contratos inflacionados com a empresa.

As propinas eram então canalizadas para políticos, especialmente membros do Partido dos Trabalhadores (PT) e seus aliados na coalizão. O escândalo foi descoberto em 2014 pela investigação federal “Operação Lava Jato”, que revelou corrupção generalizada na Petrobras desde 2003.

Executivos da Petrobras conspiraram com empresas de construção para inflar os preços dos contratos em cerca de 3%, desviando o excesso como propinas. Essas propinas, estimadas em mais de US$ 2 bilhões, enriqueceram os operadores do esquema e financiaram campanhas eleitorais, especialmente para o partido PT. As propinas incluíam dinheiro em espécie, bens de luxo como relógios e obras de arte, bem como prostitutas.

A Petrobras perdeu mais de US$ 17 bilhões devido a má gestão e corrupção. Seu valor de mercado foi reduzido pela metade. O escândalo desencadeou uma grande crise política no Brasil, levando ao impeachment de Rousseff.

Ele expôs a corrupção sistêmica nos mais altos níveis de negócios e governo no Brasil. A Petrobras concordou em pagar mais de US$ 853 milhões para resolver acusações com autoridades dos EUA e do Brasil.

O escândalo da Petrobras abalou o Brasil até o âmago, danificando severamente sua maior empresa estatal enquanto transformava o cenário político do país.

O Escândalo da Petrobras | Motivações por Trás do Escândalo

As principais motivações por trás da corrupção generalizada no escândalo da Petrobras parecem ter sido o enriquecimento pessoal e o financiamento de campanhas políticas e partidos, especialmente o Partido dos Trabalhadores (PT).

  1. Enriquecimento Pessoal

Executivos e gerentes da Petrobras conspiraram com empresas de construção para inflar os preços dos contratos em cerca de 3%, desviando o excesso como propinas para ganho pessoal. As propinas incluíam grandes quantias em dinheiro, bens de luxo como relógios e obras de arte, bem como prostitutas.

Por exemplo, um diretor da Petrobras canalizou €20 milhões para contas bancárias pessoais a partir de contas em vários paraísos fiscais.

  1. Financiamento de Campanhas Políticas e Partidos

Uma das principais motivações foi canalizar bilhões em propinas para financiar campanhas eleitorais, especialmente para o partido PT e seus aliados na coalizão. O escândalo revelou um esquema sistêmico para fraudar a Petrobras a fim de financiar ilegalmente dezenas de políticos, na maioria do PT e seus parceiros no governo. Depoimentos indicaram que pelo menos US$ 2,1 bilhões foram desviados por meio de contratos inflados para financiar campanhas políticas e enriquecer os operadores do esquema.

  1. Manutenção do Poder e Influência

Ao canalizar fundos para partidos aliados, a corrupção permitiu que o PT e sua coalizão consolidassem poder político e influência sobre instituições estatais-chave como a Petrobras. Isso permitiu que o PT permanecesse no governo e continuasse se beneficiando do sistema de corrupção e clientelismo.

A ganância pessoal combinada com o desejo de financiar ilegalmente partidos políticos e manter o poder foram as principais forças motrizes por trás dos níveis impressionantes de corrupção descobertos na Petrobras.

O Escândalo da Petrobras | Efeitos na Economia Brasileira

O escândalo de corrupção da Petrobras teve impactos econômicos severos e de longo prazo no Brasil.

  1. Perdas Massivas de Investimento

Entre 2014-2017, durante o auge do escândalo, o Brasil perdeu cerca de R$172 bilhões (aproximadamente US$57 bilhões) em investimentos, pois importantes projetos foram interrompidos ou cancelados devido às consequências. A própria Petrobras reduziu seus planos de investimento em 30% em 2015, levando ao cancelamento de duas refinarias principais de US$30 bilhões e atrasos em diversos outros projetos de bilhões de dólares, como navios de produção de petróleo e uma planta de fertilizantes.

  1. Perdas Significativas de Empregos

Estima-se que 4,4 milhões de empregos foram perdidos no Brasil de 2014-2017 como resultado direto do escândalo e de seus impactos econômicos. Para cada pessoa presa nas investigações da “Operação Lava Jato”, estima-se que cerca de 22.000 empregos foram perdidos.

  1. Declínio do PIB e Recessão Econômica

O escândalo exacerbou as dificuldades econômicas do Brasil, contribuindo para a pior recessão do país em mais de um século, com o PIB contraindo 3,8% em 2015 e 3,6% em 2016. Economistas estimaram que o escândalo sozinho retirou 1-1,5 pontos percentuais do crescimento do PIB do Brasil em 2015.

  1. Prejuízos à Petrobras e ao Mercado de Ações

Até meados de 2018, o escândalo havia apagado mais de US$250 bilhões do valor de mercado da Petrobras. O índice Bovespa caiu 35% à medida que o preço das ações da Petrobras despencava.

  1. Impactos Fiscais e Rebaixamentos de Crédito

O déficit orçamentário duplicou para 6,75% em 2014 em meio às consequências do escândalo. A classificação de crédito soberano do Brasil foi rebaixada para o status de lixo por grandes agências devido aos impactos fiscais e à contração econômica.

O escândalo da Petrobras paralisou a maior empresa do Brasil, interrompeu grandes investimentos, causou perdas de empregos generalizadas e precipitou uma profunda recessão – infligindo danos severos e de longo prazo à economia brasileira.

O Escândalo da Petrobras | Danos ao Brasil

O escândalo da Petrobras prejudicou gravemente a reputação internacional e a posição do Brasil em vários aspectos-chave:

  1. Expôs a Corrupção Sistêmica nos Níveis Mais Altos

A escala e a profundidade do esquema de corrupção, implicando políticos, executivos e partidos de alto escalão em todo o espectro político, despedaçaram a imagem do Brasil como uma potência emergente comprometida com a boa governança. Ele expôs “uma teia muito mais profunda de corrupção que ameaça o tecido da democracia do país”, segundo analistas.

  1. Minou a Credibilidade Econômica do Brasil

O escândalo paralisou a Petrobras, a maior empresa do Brasil, apagando mais de US$250 bilhões de seu valor de mercado e forçando-a a reduzir os investimentos em 30%. Isso exacerbou a recessão econômica do Brasil, com o PIB contraindo cerca de 4% apenas em 2015, à medida que os impactos do escândalo se propagavam pela economia. Levou as agências de classificação a rebaixarem a classificação de crédito soberano do Brasil para o status de lixo devido aos impactos fiscais e à contração econômica.

  1. Desencadeou uma Grande Crise Política

O escândalo precipitou o impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016 e a prisão de numerosos políticos e executivos de alto escalão, projetando uma imagem de profunda instabilidade política. O escândalo da Petrobras alimentou uma ampla indignação pública contra o establishment político, minando a fé nas instituições democráticas do Brasil.

  1. Manchou os Esforços Anticorrupção do Brasil

O escândalo contradisse as promessas anteriores do Partido dos Trabalhadores de combater a corrupção quando assumiu o poder em 2003, expondo essas alegações como “uma fraude”. O escândalo da Petrobras prejudicou os esforços do Brasil para se apresentar como líder regional capaz de promover transparência e responsabilidade.

O escândalo da Petrobras prejudicou gravemente a credibilidade e a reputação internacional do Brasil, ao expor corrupção sistêmica nos mais altos escalões, desencadear turbulências econômicas e caos político, e minar suas credenciais anti-corrupção e democráticas no cenário global.

O Escândalo da Petrobras | Pessoas e Personalidades Envolvidas

O escândalo da Petrobras implicou numerosos indivíduos de alto perfil dentro da elite política e empresarial do Brasil.

Políticos

  • Luiz Inácio Lula da Silva (ex-presidente): Acusado de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados ao escândalo. Sua condenação o tornou inelegível para a eleição de 2018.
  • Dilma Rousseff (ex-presidente): Presidiu o conselho da Petrobras quando grande parte da corrupção ocorreu. Ela foi afastada do cargo em 2016 em meio às consequências do escândalo.
  • Eduardo Cunha (ex-presidente da Câmara dos Deputados): Condenado por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fiscal ligados ao escândalo.
  • Delcídio do Amaral (ex-senador): Preso por obstruir a investigação ao tentar subornar um ex-diretor da Petrobras.
  • Dezenas de outros políticos de partidos como PT, PMDB e PP foram investigados, presos ou condenados por envolvimento.

Empresários

  • Marcelo Odebrecht (CEO da construtora Odebrecht): Condenado a 19 anos de prisão por pagar propinas a funcionários da Petrobras.
  • Outros executivos de empresas de construção como Léo Pinheiro (OAS), Ricardo Pessoa (UTC Engenharia) e Dalton Avancini (Camargo Corrêa) foram condenados.
  • Executivos da Petrobras como Paulo Roberto Costa (diretor de refino) e Renato Duque (diretor de serviços) foram presos por receber propinas.
  • Banqueiros como André Esteves (BTG Pactual) foram presos por supostamente facilitar pagamentos de propinas.

O escândalo expôs uma vasta rede de corrupção operando dentro da Petrobras, enriquecendo insiders da empresa, empresas de construção, políticos e seus partidos por meio de um esquema sistemático de propinas e subornos ao longo de muitos anos.

O Escândalo da Petrobras | Corporações Envolvidas

  1. Odebrecht

A Odebrecht SA, um conglomerado de construção brasileiro, se declarou culpada em um tribunal dos EUA por violar leis anti-suborno relacionadas ao escândalo da Petrobras. A Odebrecht pagou centenas de milhões em propinas para funcionários da Petrobras e políticos em toda a América Latina para garantir contratos inflados.

A empresa concordou em pagar US$ 2 bilhões em multas como parte de um acordo de US$ 3 bilhões com autoridades dos EUA, brasileiras e suíças.

  1. Braskem

A Braskem SA, uma empresa petroquímica afiliada à Odebrecht, também se declarou culpada nos EUA por seu papel no esquema de suborno. A Braskem concordou em pagar US$ 632 milhões como parte do acordo global de US$ 3 bilhões.

  1. Grandes Empresas de Construção Brasileiras

Empresas como Camargo Correa, Construtora OAS, UTC Engenharia, Mendes Júnior e outras pagaram bilhões em propinas para funcionários da Petrobras por contratos inflados. Executivos dessas empresas foram presos e acusados à medida que a investigação da “Operação Lava Jato” se expandia.

  1. Keppel Corporation (Cingapura)

A Keppel Corporation, construtora de plataformas offshore de Cingapura, foi implicada por pagar propinas a funcionários da Petrobras e chegou a um acordo de delação com as autoridades dos EUA.

  1. Instituições Financeiras

Bancos suíços como PKB Privatbank e BSI foram sancionados por reguladores por não impedir a lavagem de dinheiro relacionada aos proventos do escândalo da Petrobras. Outros bancos provavelmente facilitaram a movimentação do dinheiro das propinas pelo sistema financeiro, embora não tenham sido explicitamente nomeados.

O esquema massivo de propinas e subornos centrado na Petrobras envolveu dezenas de grandes empresas brasileiras e internacionais pagando bilhões para garantir contratos inflados por meio de funcionários corruptos da Petrobras ao longo de muitos anos.

Odebrecht

A Odebrecht, conglomerado de construção brasileiro, foi uma das principais empresas implicadas na investigação da “Operação Lava Jato” sobre o escândalo de suborno na empresa estatal de petróleo do Brasil, a Petrobras. Executivos da Odebrecht confessaram terem pago bilhões de dólares em propinas a funcionários da Petrobras e políticos no Brasil e em toda a América Latina para garantir contratos de construção inflados.

Em dezembro de 2016, a Odebrecht se declarou culpada em um tribunal dos EUA por violar leis anti-suborno relacionadas ao escândalo da Petrobras. Como parte de um acordo global de US$ 3 bilhões, a Odebrecht concordou em pagar US$ 2,6 bilhões em multas para autoridades nos EUA (US$ 93 milhões), Brasil (US$ 2,39 bilhões) e Suíça (US$ 116 milhões).

O acordo detalhou o papel da Odebrecht no esquema de suborno, que envolvia uma “Divisão de Operações Estruturadas” dedicada a gerenciar e lavar pagamentos de propinas.

Principais Figuras Implicadas:

  • Marcelo Odebrecht, ex-CEO da empresa, foi preso em 2015 e confessou que parte dos US$ 48 milhões doados para campanhas políticas em 2014 eram fundos ilícitos.
  • Jorge Barata, executivo da Odebrecht, implicou o ex-presidente peruano Alejandro Toledo em receber propinas, levando a um mandado de prisão.
  • Numerosos outros executivos da Odebrecht fizeram acordos de delação premiada com as autoridades brasileiras, detalhando as práticas sistemáticas de suborno da empresa.

O escândalo prejudicou gravemente a reputação da Odebrecht como a maior construtora da América Latina, anteriormente envolvida em grandes projetos de infraestrutura em toda a região. Ele desencadeou crises políticas e investigações em vários países da América Latina onde a Odebrecht operava e pagava propinas. As multas e penalidades pagas foram algumas das maiores já registradas em um caso global de suborno estrangeiro.

A Odebrecht estava no centro do massivo esquema de suborno da Petrobras, pagando bilhões em fundos ilícitos para garantir contratos lucrativos, o que acabou levando à sua queda e provocou uma ampla agitação política em toda a América Latina.

Braskem SA

A Braskem SA é uma empresa petroquímica brasileira que foi implicada no massivo esquema de propinas centrado na Petrobras, a empresa estatal de petróleo do Brasil. A Braskem é uma joint venture entre a Odebrecht, o conglomerado de construção brasileiro no centro do escândalo, e a própria Petrobras.

Em dezembro de 2016, a Braskem se declarou culpada em um tribunal dos EUA por violar leis anti-suborno relacionadas ao escândalo da Petrobras. Como parte de um acordo global de US$ 3 bilhões, a Braskem concordou em pagar US$ 632 milhões em multas para autoridades nos EUA, Brasil e Suíça.

O acordo detalhou o papel da Braskem no esquema de suborno, que envolvia o pagamento de milhões em propinas a funcionários da Petrobras.

Executive Prosecution:

  • Jose Carlos Grubisich, ex-CEO da Braskem, se declarou culpado em 2021 de duas acusações de conspiração para violar leis anti-suborno dos EUA.
  • Grubisich admitiu ter aprovado o pagamento de propina de US$ 4,3 milhões a um funcionário da Petrobras para garantir direitos para construir e operar uma planta.
  • Ele enfrenta até 10 anos de prisão por seu papel no esquema de suborno da Petrobras enquanto liderava a Braskem.

Como parte do acordo, a Braskem concordou em aprimorar suas medidas de conformidade e se submeter à supervisão de um monitor externo. A empresa também se comprometeu a cooperar com as autoridades na investigação em curso sobre corrupção na Petrobras.

A Braskem estava profundamente envolvida no escândalo de suborno da Petrobras por meio de seus laços com a Odebrecht. Ela pagou centenas de milhões em multas, teve seu ex-CEO processado e concordou com reformas rigorosas de conformidade como parte de seu acordo com autoridades globais.

Keppel Corporation Singapore

A Keppel Corporation chegou a um acordo com autoridades no Brasil e nos Estados Unidos. Como parte do acordo, a Keppel admitiu ter pago propinas a funcionários da Petrobras para obter contratos inflacionados da empresa estatal brasileira.

O acordo detalhou as ações ilegais específicas tomadas pela Keppel, como usar seu agente Zwi Skornicki para canalizar pagamentos de propina para funcionários da Petrobras. Revelou os nomes de alguns executivos da Keppel supostamente envolvidos na autorização do suborno, como Chow Yew Yuen e Tong Chong Heong.

O acordo permitiu que a Keppel pagasse multas de US$ 422 milhões para resolver as acusações nos Estados Unidos e no Brasil relacionadas ao escândalo da Petrobras.

No entanto, o acordo não implicou diretamente nenhum indivíduo da Keppel a ser processado, pois a empresa mesma foi multada e nenhum executivo foi nomeado.

Referências

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